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Polo Celeiro do Conselho Regional de Psicologia é instalado em Três Passos

Além de Três Passos, polo abrange cidades vizinhas como Tenente Portela, Crissiumal, Esperança do Sul, Boa Vista do Buricá, Redentora, Três de Maio, entre outras

23 de abril de 2018
O encontro foi coordenado pela psicóloga Graciela Lauermann, coordenadora do Polo Região Celeiro do CRPRS (Créditos: Conselho Regional de Psicologia / Divulgação)

Mais de 20 psicólogas e psicólogos participaram na última semana da criação oficial do Polo Região Celeiro do Conselho Regional de Psicologia, com sede no município de Três Passos e que abrange cidades vizinhas como Tenente Portela, Crissiumal, Esperança do Sul, Boa Vista do Buricá, Redentora, Três de Maio, entre outras.

A reunião, que teve a presença do conselheiro Silvio Iensen e do coordenador da Área Técnica do CRPRS, Lucio Garcia, debateu a ética no exercício profissional e teve uma intensa participação das/os profissionais presentes. O encontro foi coordenado pela psicóloga Graciela Lauermann, coordenadora do Polo Região Celeiro do CRPRS. A secretária municipal da saúde de Três Passos, Maria Adelaide, prestigiou o evento.

O conselheiro Sílvio Iensen, presidente da Comissão de Ética do CRPRS, explicou a política de descentralização do Conselho e a importância de expandir os canais de representação da categoria junto à sede, nas mais diferentes regiões do Estado. “A ideia é estarmos cada vez mais próximos uns dos outros, de modo que as demandas regionais possam ser plenamente atendidas”, justificou.

Sílvio informou que a Comissão de Ética vai se reunir, a partir de maio, com professores de disciplinas de ética profissional das faculdades de Psicologia do Rio Grande do Sul. “Muitas universidades trabalham com o conceito filosófico de ética, quando a disciplina deveria abordar questões referentes ao exercício profissional. O resultado é que muitos alunos se formam sem saber a cor do caderninho do nosso Código de Ética”, ironizou.

Segundo Sílvio, a atual gestão do CRPRS tem uma preocupação muito grande com o compromisso ético-político das/os profissionais. “Temos que ser éticos durante nossa atuação. Para sermos éticos, temos que ser eminentemente técnicos”, explicou. Também salientou que o papel do Conselho é defender a sociedade e, dentro desse contexto, proteger a profissão de práticas não regulamentadas – terapias alternativas sem respaldo científico e, portanto, que oferecem risco às/aos pacientes.

“O surgimento de mágicos, de gurus e de bruxos que oferecem as mais diferentes terapias nos assusta muito. Em 1905 Freud já alertava sobre a existência dos médicos da moda, que usam técnicas de sedução para convencer as pessoas sobre os benefícios da sua terapia. É bom lembrar que psicólogas/os não podem prometer nenhum tipo de cura”, afirmou.

O conselheiro também estimulou as profissionais da região a participarem das atividades do Polo. “Vocês é que farão essa estrutura andar”, disse.

O psicólogo Lucio Fernando Garcia, coordenador da Área Técnica do CRPRS, explicou a legislação que cria o Sistema Conselhos de Psicologia e que regulamenta a profissão de psicóloga/o, além de incluí-la como atividade da saúde. “O campo da saúde é público, é interesse do Estado, é estratégico para a sociedade”, disse.

Lucio explicou também a sistemática de fiscalização do Conselho e vinculou essa atuação à defesa do bem-estar da sociedade, na medida em que o exercício ilegal e sem técnicas reconhecidas cientificamente é uma ameaça à saúde pública. “Agora vocês fazem parte desse sistema. Ou seja, estão aptos a desenvolver e a fiscalizar o exercício profissional”, afirmou.

Também alertou para a crescente judicialização das relações sociais e familiares, que envolvem, também de forma crescente, a participação de psicólogas/os na solução de conflitos mediados nesse âmbito. E lembrou que a produção de documentos é um dado essencial, que precisa ser “dominado” pelas/os profissionais. “Defendam e ponham em prática a sua autônomia profissional e a ciência psicológica. Mas, para isso, tenham conhecimento adequado sobre seus limites e alcances”, disse.

O encontro abordou também a relação entre o exercício profissional da Psicologia e as terapias integrativas e complementares que, desde 2016, são reconhecidas pelo SUS. O psicólogo fiscal Lucio Garcia leu uma lista de terapias integrativas reconhecidas e perguntou às participantes quais delas tinham abordado algum desses conteúdos na graduação. O resultado foi surpreendente: dos itens citados, todos oferecidos pelo SUS, apenas um havia sido tema de disciplina para uma aluna.

“O Conselho não está aqui para fazer uma caça às bruxas. Mas não é o SUS que deve pautar a profissão. Eu questiono: quantas dessas práticas foram estudadas na universidade? Em quantas delas estamos devidamente treinados? Quais são os riscos?”, advertiu. “Devemos nos ater ao que sabemos”, recomendou.

 

Fonte: Rádio Alto Uruguai (Com informações do Conselho Regional de Psicologia RS)

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